segunda-feira, 30 de junho de 2008

A Cobra Glikon

O misto romano a “Cobra Glikon”, reencarnação de Asclépio[i]. Seu culto, segundo Bandinelli (1988), era praticado na Dácia, em Mésio e na própria Roma à época de Antonino Pio. A lenda de Glikon e seu conseqüente culto adquirem certa força em Roma por ocasião de uma grande epidemia que assolou a cidade no segundo século de nossa era. Quanto à origem dessa representação, parece ter sido criada por um Alexandre, apadrinhado pelo procônsul da Ásia, Rutiliano, que tomara filha daquele como esposa. Este Alexandre serviu-se de uma cobra domesticada e lhe cedeu uma cabeça de humana e crina de cavalo. Tal representação assemelha-se à hipóstase de Kun, deus criador da mitologia egípcia tardia, cuja representação é a de uma serpente com cabeça de leão.

[i] Herói da Ilíada, conhecido por suas habilidades médicas, mais tarde elevado à condição de deus da medicina.