quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Mesas de Estudos Clássicos no Epog - Encontro dos Pós-graduandos da FFLCH/USP

17/11/2008 - 9:30 horas

Mesa 7: Estudos clássicos: conflito e poder – sala 113 (C. Sociais)

Coordenador: Paulo Martins (DLCV)

  • Amanda da Silva Marin – Os relatos bélicos de Caio Júlio César: uma análise comparativa
  • Giuliana Ragusa – Mélica Afrodite: a deusa nas canções gregas arcaicas, de Álcman a Anacreonte
  • Gustavo Junqueira Duarte Oliveira – As multidões na Ilíada
  • Milena de Oliveira Faria – Mica e parente: uma análise sobre o poder feminino em “As Tesmoforiantes”
  • Beatriz Cristina de Paoli Correia – Adivinhação em os sete contra Tebas de Ésquilo
  • Melina Rodolpho – Ékphrasis e Euidentia. Doutrina e práxis
19/11/2008 9:00 horas
Mesa 46: Estudos clássicos: pensamento e escrita – sala 101 (C. Sociais)

Coordenador: Manoel Mourivaldo Santiago Almeida (DLCV)

  • Arthur Klik de Lima – Sobre a formação dos inteligíveis em Averróis
  • José Renivaldo Rufino – O cor inquietum e a infância no livro I das Confissões de Agostinho de Hipona
  • Cecília Gonçalves Lopes – A evolução dos gêneros em Ovídio – a utilização de gêneros diversos e as metamorfoses de Ovídio em Amores, Heroides, Ars Amatoria e Remedia Amoris
  • Priscila de Oliveira Campanholo – As relações entre o comentário, as bibliotecas e a gramática antiga
  • Luciano Ferreira de Souza – Naturalismo ou convencionalismo: a escolha socrática
  • Lucas Consolim Dezotti – Gramática antiga e cultura literária

Textos a publicar

Nos últimos meses, preparei dois artigos a fim de serem publicados em revistas especializadas. Transcrevo abaixo o resumo de ambos. Caso exista interesse pelo conteúdo completo, encaminhem um e-mail. São eles:

1. Polignoto, Páuson, Dionísio e Zêuxis – Uma leitura da pintura antiga clássica grega –

O presente trabalho põe à luz reflexão acerca da pintura grega clássica, tendo em vista a homologias estabelecidas por Aristóteles na Poética. Essa discussão é imperiosa, pois que são apresentadas pelo filósofo comparações entre pintura e poesia, como recurso retórico de exemplum ou paradeigma, para explicar a segunda pela primeira arte. Entretanto, a preceptiva pictórica grega clássica que hoje se tem em mãos é insuficiente para que se esclareçam exatamente as categorias analíticas por ele utilizadas. Assim nos ocuparemos em delimitar como Aristóteles observava as pinturas de Polignoto, Páuson, Dionísio e Zêuxis, para, talvez, aferir e inferir conceitos preceptivos desses tipos de pintura e de pintores de maneira coetânea e não-anacrônica, ao contrário do que se pode observar em muitos manuais de História da Arte Clássica.

Palavras-chave: Poética, Retórica, Homologia, História da Arte, Pintura Grega Clássica.

2. Parataxe e Imagines

O presente artigo visa a discutir o conceito de parataxe, que foi largamente utilizado por estudiosos da História da Arte e da Literatura para definir a estrutura dispositiva de certas obras da Antigüidade greco-romana. Porém, o termo, sincronicamente tomado, é estranho ao período, configurando certo anacronismo. Seu uso sistemático, assim, nos leva, erradamente, a crer que a parataxe pertence ao vocabulário teórico da poesia, da pintura, da gramática ou da retórica, o que é inconsistente. Contudo, o mesmo uso seria autorizado, se houvesse entre os modernos consenso sobre o significado, o que não ocorre. Dessa forma, se, de um lado, a teorização antiga – gramatical, poética ou retórica – não nos dá a chave do uso e, de outro, a modernidade não colabora com a precisão de sentido, a aplicação do conceito gera dúvidas na hermenêutica do objeto analisado. Nosso intuito, portanto, é delimitar o conceito modernamente e aplicá-lo na observação de algumas imagens da Antigüidade.

PALAVRAS-CHAVE: Iconografia; Retórica; Lingüística, Parataxe, Hipotaxe.