Nos próximos dias, deixarei de publicar questões concernentes ao assunto específico desse Blog e passarei a veicular textos atinentes à crise institucional em que se vê enredada a Universidade de São Paulo.
Deixo claro, ainda, que minha posição é de apoio irrestrito ao diálogo democrático e de absoluto repúdio ao uso de força militar para que se dirimam questões internas da universidade, sejam elas trabalhistas, econômicas ou educacionais.
Nesse sentido, sinto-me contemplado pelas decisões da Assembléia dos professores de quarta-feira (10/06/2009) que propôs a seguinte manifestação:
Deixo claro, ainda, que minha posição é de apoio irrestrito ao diálogo democrático e de absoluto repúdio ao uso de força militar para que se dirimam questões internas da universidade, sejam elas trabalhistas, econômicas ou educacionais.
Nesse sentido, sinto-me contemplado pelas decisões da Assembléia dos professores de quarta-feira (10/06/2009) que propôs a seguinte manifestação:
DECLARAÇÃO DA ASSEMBLÉIA DA ADUSP DE 10/06/2009
A Universidade de São Paulo tem desrespeitado, há anos, no seu cotidiano e nas suas instâncias de decisão, o Artigo 206 da Constituição Federal que define o princípio da gestão democrática do ensino público. O desrespeito fica evidenciado pela ausência de diálogo sempre que deliberações de Conselhos de Departamentos, Congregações e do Conselho Universitário acontecem sem a devida participação de alunos, docentes e funcionários. Nos últimos meses testemunhamos algumas dessas deliberações que, no lugar do diálogo, impõem de maneira autoritária suas decisões, gerando conflitos e desgastes desnecessários entre as partes envolvidas: demissão política de um dirigente sindical, o ingresso da USP na Univesp, a reforma estatutária da carreira, as mudanças no exame vestibular, entre outras. As três últimas, aliás, foram tomadas sem razões acadêmicas que as sustentem.
A crise atual vivenciada pela USP, originada pela negociação de data-base, como vem acontecendo nas negociações dos últimos anos, a ausência de diálogo exacerbada pela ruptura por parte do Cruesp da continuidade da negociação, culminou com a solicitação, por parte da reitoria da USP, da presença da Polícia Militar, provocando a violenta repressão que vivenciamos na tarde de ontem no campus Butantã da USP.
Em função dessa sucessão de acontecimentos:
“Os professores da Universidade de São Paulo, reunidos em Assembléia no dia 10 de junho de 2009, em face dos graves acontecimentos envolvendo a ação violenta da Polícia Militar no campus Butantã, vêm a público exigir:
1. a renúncia imediata da professora Suely Vilela como reitora da Universidade de São Paulo;
2. a retirada imediata da Polícia Militar do campus;
3. que a nova administração adote uma medida firme para impedir que as chefias e direções assediem moralmente os funcionários que exercem o direito de greve, de modo a criar condições objetivas para que os funcionários possam suspender os piquetes;
4. que se inicie também imediatamente um processo estatuinte democrático.
São Paulo, 10 de junho de 2009.
A crise atual vivenciada pela USP, originada pela negociação de data-base, como vem acontecendo nas negociações dos últimos anos, a ausência de diálogo exacerbada pela ruptura por parte do Cruesp da continuidade da negociação, culminou com a solicitação, por parte da reitoria da USP, da presença da Polícia Militar, provocando a violenta repressão que vivenciamos na tarde de ontem no campus Butantã da USP.
Em função dessa sucessão de acontecimentos:
“Os professores da Universidade de São Paulo, reunidos em Assembléia no dia 10 de junho de 2009, em face dos graves acontecimentos envolvendo a ação violenta da Polícia Militar no campus Butantã, vêm a público exigir:
1. a renúncia imediata da professora Suely Vilela como reitora da Universidade de São Paulo;
2. a retirada imediata da Polícia Militar do campus;
3. que a nova administração adote uma medida firme para impedir que as chefias e direções assediem moralmente os funcionários que exercem o direito de greve, de modo a criar condições objetivas para que os funcionários possam suspender os piquetes;
4. que se inicie também imediatamente um processo estatuinte democrático.
São Paulo, 10 de junho de 2009.